Junho de 2025 | Nice, França — Durante a Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos, realizada em Nice, sul da França, os Estados Unidos manifestaram sua intenção de promover a exploração de recursos do fundo do mar. Isso provocou uma série de apelos de líderes internacionais pedindo cautela contra um desenvolvimento precipitado, revelando divergências significativas. O evento reúne cerca de 120 países e regiões para discutir a proteção do ambiente marinho, combate ao lixo plástico e uso sustentável de recursos naturais. Um dos focos principais são os metais raros como cobalto e níquel encontrados no fundo dos oceanos.
Em abril de 2025, o governo Trump anunciou sua política de avançar na mineração submarina mesmo fora da Zona Econômica Exclusiva (ZEE). O objetivo seria garantir recursos e conter a influência crescente da China. O presidente da França, Emmanuel Macron, criticou duramente a postura americana: "Destruir as profundezas marinhas e perturbar a biodiversidade é uma loucura. O fundo do mar não está à venda." O secretário-geral da ONU, António Guterres, também alertou que "não podemos transformar o fundo do mar em uma terra sem lei." O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, reforçou: "O nacionalismo nos oceanos representa uma ameaça. Não devemos repetir os erros do sistema de comércio global nos mares."
Os Estados Unidos não enviaram representantes ministeriais ao evento, participando apenas como observadores — uma postura considerada passiva por outros países. Mais de 30 países, especialmente da Europa, América Latina e ilhas do Pacífico, exigiram uma moratória nas atividades de mineração até que pesquisas científicas sejam concluídas.
Antes da abertura da conferência, cerca de 1.000 cidadãos e ONGs realizaram protestos na orla de Nice, alegando que "a mineração unilateral em águas internacionais pode violar leis internacionais e causar destruição ambiental".
Fonte: NHK Notícias
As profundezas oceânicas contêm grandes quantidades de metais raros como cobalto e níquel — essenciais para baterias de carros elétricos — avaliados em até 20 trilhões de dólares (aproximadamente 2.900 trilhões de ienes). No entanto, os impactos ecológicos dessas extrações ainda são pouco compreendidos. Pesquisadores do Instituto Nacional Francês de Pesquisa Marinha realizaram estudos entre novembro de 2024 e janeiro de 2025 em uma área entre o Havaí e o México, investigando nódulos de manganês. Os resultados indicaram alterações significativas no fundo marinho e o desaparecimento de algumas espécies. O pesquisador-chefe, Dr. Pierre-Antoine Descandies, alertou que "algumas espécies podem ser levadas à extinção", defendendo pesquisas de longo prazo.
Os recursos em alto-mar são regidos pela Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, sob responsabilidade da Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISA). No entanto, os EUA não são signatários da convenção, gerando preocupações sobre exploração fora do arcabouço internacional.
Embora os recursos submarinos tenham alto valor econômico e estratégico, os riscos ambientais e a necessidade de gestão sustentável dentro das regras internacionais também são fundamentais. É imprescindível avançar com base em evidências científicas e consenso multilateral.
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A Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos em Nice gerou um debate global sobre a mineração em águas profundas, com apelos crescentes para suspender as extrações até que os impactos ambientais sejam totalmente estudados.
A política dos EUA que favorece o rápido desenvolvimento do fundo do mar enfrenta duras críticas da França, do Brasil e da liderança da ONU, evidenciando uma divisão global.
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