Atualmente, um dos maiores desafios da economia mundial é o excesso de capacidade produtiva da China. Mesmo que o país não seja citado diretamente, o tema é frequentemente debatido em grandes encontros internacionais. Em maio de 2024, a declaração conjunta da reunião dos ministros das finanças e presidentes dos bancos centrais do G7, em Banff, Canadá, também abordou esta questão.
Na década de 1980, a China promoveu a política de Reforma e Abertura e acelerou seu crescimento impulsionado pelas exportações. Com a entrada na Organização Mundial do Comércio (OMC) em 2001, as exportações cresceram rapidamente, e em 2009 a China superou a Alemanha e se tornou a maior exportadora do mundo.
Os produtos de exportação principais inicialmente eram vestuário, móveis, eletrodomésticos e outros itens de indústrias intensivas em mão de obra, conhecidos como os “três antigos”.
Nos últimos anos, veículos elétricos, baterias de íon-lítio e produtos de energia solar (os chamados “três novos”) tornaram-se o novo foco das exportações chinesas. Segundo a Agência Internacional de Energia (IEA), a China já detém cerca de 80–90% do mercado global de produtos ligados à energia solar.
O impulso por trás dessa competitividade está nas políticas industriais. O governo central define setores prioritários e os governos locais oferecem subsídios e incentivos. No caso dos veículos elétricos, desde 2009, há subsídios para compra, o que levou a uma entrada massiva de empresas e acirrou a concorrência. O número de fabricantes de veículos de novas energias chegou a 500, mas hoje, após forte consolidação, restam cerca de 10%.
O problema do excesso de capacidade da China continuará impactando fortemente a economia mundial e o comércio internacional nos próximos anos. A ampliação da participação nos “três novos” setores, as respostas das políticas públicas e o aumento da concorrência merecem atenção constante. O direcionamento das políticas industriais e as regras internacionais de cada país também serão fatores decisivos para o futuro.
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Este artigo analisa como a capacidade de produção excedente da China impacta a economia global, com destaque para o crescimento de novos setores como veículos elétricos, baterias de íon-lítio e energia solar. Ressaltamos que situações inesperadas e mudanças de políticas podem alterar o cenário; para informações e análises atualizadas, consulte também fontes especializadas confiáveis.
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